domingo, 12 de dezembro de 2010

DESCRIÇÃO MICOLÓGICA

“ASPECTOS GERAIS E MORFOLÓGICOS DO FUNGO Alternaria sp.




Academica: Sandra Ines Rodrigues
Matrícula: 1010427






Urutaí, 12 de dezembro 2010
"ASPECTOS GERAIS E MORFOLÓGICOS DE Alternaria sp.”

Sandra Inês Rodrigues
Acadêmica do curso de Tecnologia em Gestão Ambiental do instituto Federal Goiano -
campus Urutaí Professor Milton Luiz Paz Lima
Professor da disciplina de Microbiologia Geral

INTRODUÇÃO
A classificação taxonômica de Alternaria sp é Reino: fungos, filo: ascomycota, Subdivisão: pezizomycotina, classe: dothdeomycetes, ordem: pleosporales . O gênero Alternaria apresenta maior patogenicade nas plantas, sendo também comum no solo e seres humanos, crescendo dentro e causando febre do feno ou reações de hipersensibilidade a que conduza às vezes asma. As alergias são comuns, mas as infecções são serias e raras, exceto em povos com sistemas imunes comprometidos. (WORLDLINGO, 2010)
O ataque da Alternaria a plantas apresenta os seguintes sintomas: Em condições favoráveis, as manchas tornam-se numerosas e expandem-se até o estabelecimento das mesmas. Neste estágio, os folíotos amarelecem, secam e morrem rapidamente, conferindo às folhas o aspecto de queima. Lesões negras, grandes e alongadas também podem ser observadas em pecíolos e inflorescências. Em plântulas, o fungo pode causar lesões no colo, seguidas de tombamento e morte. (DOMINGUES, 2010).
Alternaria é considerada praga regulamentável no Brasil. É hospedeira no: trigo, arroz, soja, algodão, feijão, milho, sorgo, cenoura, tomate e girassol. (LIMA, 2010).
A queima-das-folhas, principal doença da cenoura é causada pelos patógenos Alternaria (Kuhn), o fungo pode estar associado ou agir, e causar sintomas semelhantes (REIFSCHNEIDER, 1980). A doença afeta a parte aérea, reduzindo a produção e a qualidade, principalmente nos plantios de verão, sob condições de alta umidade (HENZ & LOPES, 2000). Em cultivos orgânicos, como não é permitido o uso de agrotóxicos, exceto algumas caldas à base de cobre, extratos e óleos essenciais de plantas, o controle da doença torna-se dependente da resistência genética das plantas e do manejo do cultivo.
O Alternaria Sp. é um conidióforas crescendo em pequenos grupos, reto ou flexíveis, algumas vezes geniculados, septados, possuem coloração páiea, marrom olivacencia, possui 80µm de comprimento 6-10µm de largura. Conídio usualmente solitários, ocasionalmente em cadeia de 2, ele é reto ou curvado, obclavando rostrado com estreitamento três vezes do comprimento do corpo do esporo (rostro) liso pode ter de100 a 45µm de comprimento por 16 a 25µm de largura possui 7-11 ceptos transversais e um cepto longitudinal ou oblíquo, são flexuosas hialinos ou páleos possuem de espessura por 1-3µm de largura, provoca queima das folhas da cenoura e foi gravado em umbelífera outras folhas afetadas e pecíolos vira infecção amarela e marrom ou preto e quando é grave o topo inteiro pode ser morto. Redução da superfície foliar impede o pleno desenvolvimento da raiz transmitido por sementes.
Espécies de Alternaria são facilmente reconhecidas pelos conídios de grandes dimensões, tipicamente ovóides ou obclavados, marrom claro a marrom, multicelular, com septos longitudinais, transversais e às vezes oblíquos. São formados em cadeias ou solitários, rostrados (com bicos) ou não. Infelizmente, características como catenulação, forma, dimensões, são fortemente influenciadas pelo ambiente, além de muitas espécies apresentarem a variabilidade morfológica como uma de suas características. Assim, a literatura está repleta de descrições de espécies obscuras, jamais confirmadas por outros pesquisadores. Dúvidas constantes em espécies saprofíticas são menos comuns em espécies fitopatogênicas, nas quais se combinam caracteres morfológicos com sintomas, hospedeiros, produção de toxinas, etc. Mesmo assim, algumas dúvidas permanecem.
As colonias são geralmente difusas, cinza a marrom escuro, conidióforos diferentes das hifas, escuros, solitários ou em fascículos. Conídios solitários ou em cadeia, tipicamente clavados ou ovóides, frequentemente rostrados, com septos transversais e frequentemente também transversais e/ou oblíquos (EIlis 1971a, 1971b).
Vários autores descrevem o género Alternaria sp. como por exemplo o citado no INDEX FUNGORUM como: Alternaria dauci.
O objetivo deste trabalho é apresentar aspectos gerais e morfológicos do fungo Alternaria sp.

2. MATERIAIS E MÉTODOS
O trabalho foi feito no Laboratório de Microbiologia do Instituto Federal Goiano campus Urutaí.
Foram retirado propágulos do fungo no Instituto Federal Goiano, campus Urutaí-Go. As folhas de cebolinha verde foram colocadas em uma caixa do tipo Gerbox com papel filtro e água destilada para o desenvolvimento das colonias fúngicas, logo após apanhou-se as folhas da caixa e levou-as para a visualização em microscópio estereoscópico.
Fez se pescagem direta usando pinça metálica e seringa flambando para esterilizar o material que foi depositado na lâmina, foram feitas varias laminas para que fosse usada a lâmina de melhor visibilidade do fungo. Após a visualização dos propágulos coletados da superfície foliar com o auxílio de uma pinça e colocou-se na lâmina uma gota de fixador base de azul de metileno C16H18ClN3S e massa molar 319.85 g/mol, em seguida colocou-se uma lamínula sobre a lâmina. Retirou- se o excesso de corante o excesso de fixador com papel filtro, vedou-se com esmalte. Levou o conjunto para visualização em microscópio ótico, a primeira objetiva a ser analisada foi a menor (4x), para observação de propágulos depositados na lâmina, após a observação destes, em seguida objetiva para os aumentos de 10x e 40x, para se observar as estruturas fúngicas detalhadamente.
As características observadas na colonia fungica foram comparadas com as estruturas descritas em literatura, definindo que o genero funginco é Alternaria sp.
Então fez-se registro macro e microfotográficos da estrutura fungicas, utilizando máquina digital modelo (Power shot.Maco Canon®, 5d 750,7.1mega Pixer).


RESULTADOS E DISCUSSÃO




Figura 1. Aspectos morfológicos de Alternaria sp. A: hifa proliferando dando origem a três conidióforos. B: ramificação do conidióforo (cc) e formação de conídios (c) (imaturos). C: Conidióforo alongado e célula conidiogênica (con) ampluliforme. D: formação de conidióforo dando origem a dois conídios negros, elípticos, lisos e maduros. E: vários conídios ligados ao conidióforo do conídio esférico.
DESCRIÇÃO MICOLÓGICA
Espécies de Alternaria sp são facilmente identificadas pelos conídios de grandes dimensões, tipicamente ovoides ou obclavados, marrom claro a marrom, multicelular, com septos longitudinais, transversais e as vezes obliquos. As colônias são geralmente difusas, cinza a marrom escuro, conidióforos diferente das hifas, escuros, solitários ou em fascículos (WIESE, 1977 apud BELANI, 2008, p.1).
Colônias efusas, geralmente cinza escuro, castanho-escuro ou preto. Micélio todos imersos ou parcialmente superficial; hifas incolores, verde-escuro ou marrom.
Estroma raramente formado. Cerdas e hifopodio ausente. Conidióforos macronematoso, mononematoso, simples ou de forma irregular e pouco ramificada, septos incolor ou marrom, solitários ou em células conidiogênicas terminais, integrado tornando-se, poliblastica, simpodial, ou às vezes monoblastica, cicatrizada.( Ellis, 1971).


LITERATURA CITADA
DOMINGUES, R.J 2010;TÖFOLI, J.G .;.. Sintoma, etiologia e manejo da queima das folhas (alternaria dauci, cercospora carotae) na cultura da cenoura Biológico, divulgação técnica, São Paulo, v.72, n.1, p.47- 50, jan./jun., 2010.

ELLIS, M.B. Dematiaceous Hyphomycetes. Surrey. Commonwealth Mycological Institute. 1971.

HENZ, G.P.; LOPES, 2000, CA. Doenças das apiáceasjn: ZAMBOLIN, L; VALE, F.X.R.; COSTA, H. Controle de Doenças de Plantas Hortaliças, v.2. Viçosa, UFV, p.445-522, 2000.

INDEX FUNGORUM Disponível em: <http://www.indexfungorum.org/Names/ Names.asp>. Acesso em: 26/10/2010.

LIMA, M.L.P., 2010. Portal de patólogia de sementes <http://fitopatologia1. blogspot.com/2010/11/aspectos-gerais-e-morfologicos-de_1889.html>. Acesso em 26/10/2010.

LOPES, CA; RITSCHEL, P.S.; VIEIRA, J.V.; LIMA, D.B. Comportamento de genótipos de cenoura para verão em localidades com diferentes etiologias da queima-das-folhas. Horticultura Brasileira, Brasília, v.18, p. 119-122, 2000.

REIFSCHNEIDER, F.J.B. Queima das folhas da cenoura, um complexo patológico. Fitopatologia Brasileira.v. 5, p.445-446, 1980.

WIESE, 1977 apud BELANI, 2008, p.1, http://fitopatologia1.blogspot.com/2010/11/ aspectos-gerais-e-morfologicos-de_1889.html#uds-search-results, Acesso em 23/10/2010.

WORLDLIGO A., 2010, http://www.ipm.ucdavis.edu/PMG/r108100911.html. Acesso: 23/10/2010.